Cientistas
descobriram um jeito de gerar força usando vírus geneticamente modificados que
convertem energia mecânica em eletricidade. O estudo foi publicado no periódico
Nature Nanotechnology.
PIEZOELETRICIDADE
O
efeito piezoelétrico foi descoberto em 1880 pelos físicos franceses Jacques e
Pierre Curie. Desde então é observado em cristais, cerâmica, ossos, proteínas e
DNA. É o acúmulo de carga elétrica em resposta a um estímulo mecânico. A
palavra "piezoeletricidade" significa eletricidade resultante da
pressão. O exemplo mais comum é o acendedor manual de fogão. Ao ser pressionado
ele gera uma faísca.
Os
pesquisadores usaram um vírus chamado M13 — que só ataca bactérias — para
construir um gerador de eletricidade. É o primeiro dispositivo do tipo a
produzir eletricidade a partir das propriedades piezoelétricas de um organismo
biológico, nesse caso o vírus M13. A piezoeletricidade é o acúmulo de carga
elétrica em um sólido em resposta a um estímulo mecânico.
Ao
bater os dedos em cima de uma superfície coberta com vírus geneticamente
modificados, o dispositivo gera força suficiente para operar uma tela de
cristal líquido.
A
descoberta pode levar ao desenvolvimento de dispositivos que geram energia a
partir de movimentos prosaicos, como fechar uma porta ou subir escadas. O
gerador poderia estar embutido na sola do sapato ou na dobradiça da porta.
Primeiro
passo - Os M13 se organizam espontaneamente na forma de um plano quando
colocados em conjunto. Os pesquisadores descobriram que 20 camadas é o ideal
para gerar o efeito mais forte. Quando se aplica pressão no gerador, ele produz
400 milivolts de tensão, pouco menos do que um quarto da tensão de uma pilha
comum.
Agora,
os cientistas trabalham para melhorar o rendimento do gerador. "Nosso
trabalho é um primeiro passo para o desenvolvimento de geradores de
eletricidade portáteis e outros dispositivos baseados em bioeletrônica",
disse o bioengenheiro Seung-Wuk Lee, um dos autores do estudo.
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