"Ele é argentino? Nem parece, ele é
ótimo!". Comentários do tipo pipocaram após a mordaz apresentação do
professor titular do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de
Brasília e um dos maiores especialistas em negociações climáticas do país,
Eduardo Viola, nesta terça, na abertura do Rio Clima, evento paralelo à Rio+20.
Com duras críticas à condução da economia brasileira em tempos crise ambiental
global, Viola arrancou aplausos da plateia. Cético em relação a acordos
concretos em direção à economia verde durante a Rio+20, Viola afirmou que o
país está refém dos Brics (grupo formado também por Rússia, Índia, China e
África do Sul) e, por conta disso, não caminha na adoção de medidas para
"descarbonizar" seu PIB.
- O Brasil é um país importante, mas não pode liderar o processo de mudança de paradigma, de descarbonização da economia global. Não é o lugar dele no sistema internacional. Este papel cabe à China, aos Estados Unidos e à União Europeia, os maiores geradores de gases-estufa. Mas o Brasil poderia, sim, co-liderar este processo, ao lado da Europa e da Coreia do Sul. No entanto, os parceiros internacionais que escolheu estão muito atrasados. Está refém dos Brics, de economias baseadas em matrizes energéticas poluentes. A política industrial brasileira, nos últimos dois anos, é defensiva, conservadora. Não estimula o grau de inovação. Aposta no ciclo do petróleo e na diminuição de impostos da indústria automobilística. É o caminho inverso da economia verde - disse Viola.
Eduardo Viola disse ainda que o caminho para a economia de baixo carbono passa pela criação de uma organização ambiental global a musculatura de do Fundo Monetário Internacional e da Organização Mundial do Comércio:
- A humanidade terá que caminhar nesta direção. Mas não teremos avanços neste momento. Os EUA e os Brasil são refratários. A sociedade europeia é a única claramente disposta a ceder na soberania nacional.
- O Brasil é um país importante, mas não pode liderar o processo de mudança de paradigma, de descarbonização da economia global. Não é o lugar dele no sistema internacional. Este papel cabe à China, aos Estados Unidos e à União Europeia, os maiores geradores de gases-estufa. Mas o Brasil poderia, sim, co-liderar este processo, ao lado da Europa e da Coreia do Sul. No entanto, os parceiros internacionais que escolheu estão muito atrasados. Está refém dos Brics, de economias baseadas em matrizes energéticas poluentes. A política industrial brasileira, nos últimos dois anos, é defensiva, conservadora. Não estimula o grau de inovação. Aposta no ciclo do petróleo e na diminuição de impostos da indústria automobilística. É o caminho inverso da economia verde - disse Viola.
Eduardo Viola disse ainda que o caminho para a economia de baixo carbono passa pela criação de uma organização ambiental global a musculatura de do Fundo Monetário Internacional e da Organização Mundial do Comércio:
- A humanidade terá que caminhar nesta direção. Mas não teremos avanços neste momento. Os EUA e os Brasil são refratários. A sociedade europeia é a única claramente disposta a ceder na soberania nacional.
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