segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Acelerador: Construção

Aceleradores de partículas – a construção
Depois de cavado nosso túnel, podemos colocar as coisas nos seus devidos lugares. Começaremos com o tubo de cobre, que fará um forte vácuo por dentro, para que as partículas viagem. Por que o cobre?
Simples. Porque ele é um ótimo condutor de eletricidade e magnetismo. Afinal, precisaremos de ambos.
O tubo de cobre tem que ser organizado de uma forma que forme uma série de células que chamamos de cavidades. E o espaço dessas cavidades é combinado com o comprimento de onda das microondas. Podemos usar tanto elétrons quanto pósitrons (antipartícula do elétron), pois passam em grupos por essa cavidade e esses grupos têm que ser impulsionados no tempo certo dentro do campo elétrico para as cavidades.
Nos cíclotrons é onde produzimos as microondas e, através dele, os elétrons viajarão com uma velocidade regular. Quando os elétrons variam a velocidade, eles emitem radiação na forma de microondas (e que radiação!)
Os imãs supercondutores são colocados ao longo do tubo e mantêm os feixes de partículas confinados e organizados bem no meio em uma série de polos alternados (positivo\ negativo).
E para a tão esperada colisão? Precisaremos de alvos, não é mesmo? Para esses alvos podemos utilizar finas folhas de metal. E, o mais importante, depois de todo esse trabalho…os detectores.
Pois, através deles conseguiremos ver as partículas e a radiação emitida por elas depois da colisão. Não esqueça de que isso tudo tem que ser feito no vácuo. Mas, por que o vácuo?
Em primeiro lugar, para evitar faíscas que danificariam as estruturas do nosso acelerador e evitar a perda de energia. Afinal, não queremos que nossos feixes de partículas colidam com moléculas de ar, não é mesmo? Se isso acontecesse o nosso experimento estaria perdido.
Ah! Não se esqueçam de manter o sistema de resfriamento em ordem: não queremos que a tubulação de cobre derreta ou se expanda, qualquer alteração será um desastre.

Os computadores e eletrônicos controlarão a fonte de partículas, os clístrons e os ímãs usados. Mas não são simples computadores, serão supercomputadores, com supermemórias para monitorarem os feixes, coletar registros, analisar dados e desligar o sistema em caso de uma emergência.

Os detectores e as Tvs estarão por todo o sistema, para monitorarem vazamentos. Agora nosso acelerador está pronto.

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