Biólogos
reportaram nesta quarta-feira ter descoberto um novo órgão sensorial nas
baleias azul, jubarte, minke e fin, que ajudaria a explicar o tamanho colossal
destes mamíferos.
Em
um estudo publicado na revista científica Nature, cientistas dos Estados Unidos
e do Canadá informaram que o órgão está situado na ponta do queixo da baleia,
em um vão de tecido fibroso que liga os ossos da mandíbula inferior.
Consistindo
de um ponto de ligação entre nervos, o órgão gera mudanças dramáticas na
posição da mandíbula, essenciais para a alimentação por filtragem da família
rorqual das baleias, os maiores vertebrados da Terra.
Estas
baleias mergulham sobre colunas de krill, engolindo toneladas de água de uma
vez e filtrando-a em segundos para apanhar os minúsculos crustáceos necessários
para se alimentar.
Uma
baleia-fin de 50 toneladas, a segunda maior baleia do planeta, pode esguichar
80 toneladas d'água em uma única operação, filtrando 10 quilos de krill no
processo.
A
filtragem exige sulcos "hiperexpansíveis" na garganta, uma estrutura
cartilaginosa em forma de Y que liga o queixo à mandíbula inferior, feita de
dois ossos separados que se movem de forma independente.
"Em
termos evolutivos, a inovação deste órgão sensorial tem um papel fundamental em
um dos métodos de alimentação mais extremos das criaturas aquáticas",
disse Bob Shadwick, da Universidade da Columbia Britânica em Vancouver, Canadá.
"Porque
as caracerísticas físicas exigidas para se realizar a alimentação por filtragem
evoluíram antes dos corpos extremamente grandes observados nos rorquais atuais,
é provável que este órgão sensorial - e seu papel em coordenar uma filtragem
eficiente - seja responsável pelos rorquais reivindicarem o status de maiores
animais da Terra", explicou.
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